Wilson Shift 99 e 99 Pro V1: Avaliação Completa
A Wilson lançou recentemente vários novos modelos, mas a Shift se destaca pelas inovações tecnológicas, e nós estávamos ansiosos para testá-la e ver como a flexibilidade aprimorada se comportaria em quadra.
A Wilson descreve a Shift como “ideal para jogadores intermediários a avançados, com um padrão de encordoamento inovador e um perfil de flexão projetado para ser estável, mas lateralmente flexível, proporcionando potência controlável e spin devastador.” Um argumento ambicioso que certamente precisava ser testado por jogadores experientes. Por isso, recrutamos jogadores avançados para experimentarem a Shift e nos darem seu feedback.
O que há de novo na Shift 99 e 99 Pro V1?
A Shift é fruto do trabalho da Wilson LABS, a unidade dedicada ao desenvolvimento tecnológico da marca, que incorporou a flexão lateral no quadro da raquete. A Wilson LABS publicou alguns insights fascinantes sobre as qualidades de flexibilidade da Shift:
“A Shift é uma continuação das nossas descobertas sobre como uma raquete de tênis se curva. Com a Shift, conseguimos encontrar maneiras de controlar todos os diferentes momentos de flexão de uma raquete: quanto a raquete se dobra horizontal e verticalmente, bem como quanto ela torce. Depois de descobrir como fazer uma raquete se dobrar em todas essas direções, passamos os anos seguintes criando raquetes com todas essas características e perfis de flexão únicos para testar e obter feedback dos consumidores. Isso resultou em uma raquete que é muito flexível lateralmente e muito firme horizontalmente. Essa combinação permite que você bata na bola com muita potência, mas também com muito spin.”
“Mas todas as raquetes não se curvam um pouco?”, você pode se perguntar. A diferença na Shift é que a flexibilidade é projetada para ocorrer lateralmente. Na prática, isso significa que o quadro volta à posição logo após o impacto, ajudando a criar mais spin e potência sem perder estabilidade.
A Wilson afirma que “projetou a geometria do quadro para estabilidade ideal, permitindo que os jogadores golpeiem a bola com profundidade.” A Shift também possui um padrão de cordas muito “aberto”, com 16×20 na Shift 99, o que melhora o agarre da bola, permitindo que ela se mova melhor na cama de cordas.
Visualmente, a Shift também se destaca com seu design inspirado no “gelo ártico”, que sugere uma raquete conceitual.
Avaliação Completa da Wilson Shift 99 e 99 Pro
Para manter nossa credibilidade, quando levamos um produto para a quadra, deixamos que os jogadores o experimentem e simplesmente publicamos o que eles relataram. Este é o único método verdadeiramente imparcial de avaliar uma raquete. Desta vez, contamos com Marlon e Sirleu, jogadores avançados da Casa do Tenista.
Sirleu atualmente usa a nova Yonex Ezone 100, pois gosta da potência e equilibrio da raquete, que combina com seu estilo de jogo agressivo. Marlon joga com uma Head Speed MP, preferindo atuar no fundo da quadra com bastante spin em seu forehand, buscando manuseio facilitado e acertar winners quando na posição certa.
Primeiras impressões ao bater groundstrokes (golpes do fundo da quadra)?
- Marlon: “A raquete me pareceu bastante suave e confortável, especialmente no meu forehand, pois é naturalmente um golpe mais com spin, e a Shift realmente complementou isso.”
- Sirleu: “Imediatamente, a Shift me pareceu muito confortável e fácil para o braço, e consegui gerar bastante spin. Normalmente, uso uma raquete mais rígida, mas não senti nenhum desconforto no braço com a Shift e fui capaz de criar mais ‘explosão’ nos meus golpes.”
Sobre a flexibilidade lateral proporcionar mais spin com boa estabilidade tanto no forehand quanto no backhand, conforme prometido pela Wilson?
- Marlon: “Achei que a potência era fácil de gerar e meus golpes estavam viajando com mais arco.”
- Sirleu: “A raquete dá a sensação de que a bola está sendo catapultada das cordas, o que me deu mais formato e spin gratuito, tudo isso sem precisar mudar a forma como golpeio a bola. Certamente, consegui mais clearance na rede e, portanto, melhor segurança e profundidade.”
Como a Shift se comporta nos voleios?
- Sirleu: “O padrão de cordas 18×20 nesta Shift Pro me permitiu controlar bem meus voleios. A flexibilidade extra deste quadro fez com que meus voleios se sentissem mais acolchoados em comparação com minha Yonex Ezone, que é razoalvemente rígida.”
- Marlon: “Meus voleios foram eficazes, mas senti um pouco menos de impacto com esta raquete.”
Feedback sobre o desempenho da Shift em saques planos e com spin?
Sirleu: “Sacar plano com a Shift foi similar ao que estou acostumado com minha Pro Staff, mas notei uma grande diferença nos saques com spin. Devido à maior altura, consegui manobrar a bola para fora da quadra. Senti que a flexibilidade, peso e equilíbrio da Shift tornaram fácil lançar meu braço ao sacar para gerar muita velocidade de bola.”
Para que estilo de jogador a Shift é mais adequada?
- Marlon, uma jogadora de base agressiva, disse: “Para mim, a Shift é adequada para alguém que quer trabalhar o ponto utilizando a flexibilidade e o spin desta raquete.”
- Sirleu: “Acho que esta raquete se adapta a alguém que joga de qualquer lugar da quadra, mas especialmente um jogador de fundo.”
A Shift é realmente indicada para jogadores intermediários a avançados?
- Marlon: “Eu diria que um nível variado de jogadores poderia jogar com a Shift, mas não sei quantos jogadores de torneio a utilizariam; no entanto, isso realmente depende da preferência pessoal.”
- Sirleu: “Gostei muito desta raquete quando o oponente batia bolas rápidas para mim. Achei que conseguia levantar a bola de diferentes posições da quadra, algo que não conseguiria necessariamente com minha Pro Staff.”
Durante jogos competitivos, o que você notou sobre a Shift?
- Sirleu: “Quando o oponente me deu uma devolução profunda no meu saque, consegui pegar a bola facilmente e direcioná-la para onde eu queria, algo que geralmente tenho dificuldade de fazer com minha Wilson Pro Staff atual.”
- Marlon: “Achei que esta raquete favoreceu o meu forehand, onde a Shift ofereceu um formato agradável e natural. Talvez isso se deva à forma como eu bato meu backhand, que é bastante plano, e esta raquete não complementou naturalmente meu estilo.”
O que você achou do design inovador da Shift?
Sirleu: “Adorei o esquema de cores peroladas, que parece futurista, limpo e não chamativo. Também gostei do acabamento liso e brilhante do quadro.”
Especificações Técnicas
Marlon usou a Shift 99 V1:
- Peso sem cordas: 300g
- Tamanho da cabeça: 99 sq in
- Balanço (+/- 5mm): 325mm
- Comprimento: 27 in
- Padrão de cordas: 16×20
- Material: Fibra de carbono
Sirleu usou a Shift 99 Pro V1:
- Peso sem cordas: 315g
- Tamanho da cabeça: 99 sq in
- Balanço (+/- 5mm): 325mm
- Comprimento: 27 in
- Padrão de cordas: 18×20
- Material: Fibra de carbono
Conclusão sobre a Wilson Shift 99
Os nossos testers tiveram uma resposta fascinante à Wilson Shift 99. Tanto Marlon quanto Sirleu destacaram as capacidades de geração de spin desta raquete e como isso melhorou o formato dos golpes, proporcionando um arco decente sobre a rede sem precisar alterar a técnica. A consistência nos golpes no fundo da quadra, com spin que faz a bola cair na quadra, é um grande benefício para os jogadores, e a Shift certamente obteve as melhores notas nesse aspecto.
Sirleu também elogiou sua capacidade de gerar mais spin nos saques, permitindo levar o adversário para fora da quadra. No entanto, Marlon ficou um pouco decepcionada ao bater seu backhand plano com a Shift, embora tenha observado que uma raquete focada em spin talvez não seja a parceira natural para o seu estilo de backhand.
Ambos os jogadores sentiram que a Shift teve um bom desempenho sob pressão e concordaram que uma variedade de estilos e níveis de jogo poderiam experimentar esta nova raquete.